segunda-feira, 22 de junho de 2009

Dicas Gigante Bike - Rodas


Normalmente você já compra uma bicicleta com as rodas de série, mas sempre existe a possibilidade de se fazer um upgrade, pagando a diferença. O argumento assim jogado pode parecer vago, porque em tese você pode fazer upgrade em qualquer peça da bike.

No entanto, a consideração sobre a roda torna-se relevante a partir do momento em que você entende a dinâmica da coisa, ou seja, a força centrípeta. A roda é um elemento de giro, e todo o conjunto adquire uma inércia com a velocidade do giro, criando uma força centrípeta considerável. Essa é a razão pela qual não se deve desprezar o peso dos pneus e das câmaras de ar.

Mesmo os eixos das rodas sofrem esforço considerável, pois os rolamentos dos cubos são os elementos móveis mais exigidos de uma bicicleta, juntamente com os do movimento central. A robustez e a confiabilidade dos cubos são muito importantes. Imagine se eles quebrassem na mesma proporção da corrente de transmissão?

Se você pretende investir um pouco para tirar peso de uma bike, deve sempre começar pelas rodas – incluindo pneus. Lógico que existem casos em que você já fez isso e está indo para a segunda etapa ou situação, em que você quer mexer em alguma coisa já estabelecida anteriormente.

Apesar de ter sido dito que o comportamento de uma bicicleta depende das características do quadro e da suspensão, as rodas também contribuem bastante. Por exemplo: existem rodas mais rígidas, mais macias, rodas que aceleram melhor do que outras e assim por diante.

Roda dos sonhos para:

Os socadores de subida: CrossMax da Mavic ou similar, uma roda super rígida que responde de imediato o esforço de aceleração. Não se recomenda essa roda para MTB Hard tail, a não ser para pessoas que saibam do que se trata. O conjunto resultante vai trepidar muito, sendo, portanto, desconfortável. Da mesma forma, não se recomenda nenhuma roda muito rígida para pessoas mais pesadas ou que querem judiar da bike com manobras e saltos. Ela pode quebrar com stress de impactos fortes ou repetitivos.

Os aficcionados em tirar peso sem perder a confiabilidade: Cubos Cris King (pode também ser Tune ou Hughi), Raios DT Revolution e rodas Mavic 517 ou Ritchey WCS de 32 furos (existem pessoas usando 28 furos, mas estes perdem um pouco em termos de robustez para uso diário). Roda assim é mais macia e distribui bem o impacto. Uma dica mais: tem gente usando câmara 1.5 (ou mais fina) para pneus de até 2.1. Os fabricantes não recomendam, mas você tira um pesinho com investimento muito baixo, e tudo indica que funciona bem.

Os que querem maciez acima de tudo: neste caso você pode trabalhar com a raiação. Existem sistemas de trançar os raios para montar a roda que deixam o mesmo equipamento mais duro ou macio. Rodas macias são mais confortáveis e distribuem melhor as pancadas, contudo demoram mais na resposta para aceleração.

Um outro ponto que você deve considerar é a pressão de ar nos pneus. Quanto mais cheios estiverem os pneus, mais dura e nervosa fica a bike. Quanto menos ar (existe um limite que depende da medida e do tipo de pneu), mais macia será e melhor tração terá a sua magrela. Nunca se deve exagerar na pressão. Acima de um limite a dirigibilidade fica comprometida. A bike vai começar a quicar muito, perder a tração e o controle nas freadas – o pneu traseiro começa a travar muito facilmente. Abaixo do limite você vai perder a estabilidade nas curvas, com o risco do pneu escapar do aro. Pneu muito murcho pode furar a câmara por pinçamento (snake bite).

No fim das contas você pode compor o conjunto como quiser. Imagine uma bike full suspension último modelo com sistemas de amortecedores super sofisticados. Se você equipa-la com um conjunto de rodas rígidas, vai obter um equipamento de comportamento super neutro, que acelera bem e em que o conforto depende da suspensão. Se equipar com as rodas macias o conjunto resultante será uma bike super confortável.

Existem rodas montadas com lâminas de carbono em vez de raios. Em algumas localidades no mundo, esses modelos são proibidos de serem utilizados em provas por questões de segurança. Isso se deve ao risco de que, no caso de um tombo, aconteça decepação de parte do corpo que por ventura venha a entrar na roda. Essas rodas merecem também uma atenção especial nas trilhas pedregosas, pois um impacto lateral de pedra pode quebrar a estrutura – e se isso acontecer o tombo é quase inevitável e as lascas de carbono quebrado pode cortar como lâminas. Fonte: halfdome

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