segunda-feira, 1 de junho de 2009

Dica Gigante Bike - Suspensão


Hoje, a suspensão das bicicletas está tão desenvolvida que existem modelos para todos os gostos – infelizmente não para todos os bolsos. Os melhores modelos disponíveis no mercado são razoavelmente leves e têm até controle de comportamento, o que pode torná-los totalmente rígidos (travados), alterar a velocidade do retorno ou mudar o curso de trabalho.

Por outro lado, vale lembrar que uma única peça de suspensão dianteira sofisticada pode custar mais que uma bicicleta cross-country básica inteira, montada. Também se deve considerar que quanto mais sofisticada for a peça, mais tecnologia ela carrega. Isso aumenta a importância da manutenção preventiva, já que com a solução de pequenos problemas ou com a aplicação de alguns ajustes você poderá evitar prejuízos maiores.

Considerando-se os modelos de suspensão disponíveis no mercado e que servem para prática de Mountain bike, temos novamente que diferenciar as 4 categorias: cross-country, trail bike, free ride e downhill. Também devemos avaliar de forma diferente as suspensões traseira e dianteira.

De uma forma genérica podemos dizer que o curso da suspensão é relativamente curto nos modelos cross-country (cerca de 80mm na traseira, 80 a 100mm na dianteira para modelos a ar). O peso é sempre um problema nessa categoria, de forma que o segredo é criar um equipamento que seja confiável e ao mesmo tempo leve. Obviamente as suspensões cross-country não foram desenvolvidas para um estilo agressivo de execução de manobras e saltos radicais. O seu uso é basicamente para absorver as irregularidades do terreno, melhorando o conforto e a dirigibilidade da bike.

A robustez e o curso da suspensão vão crescendo à medida que avançamos para o downhill. Conseqüentemente, os equipamentos tornam-se mais pesados. Nesse extremo, as suspensões não só devem absorver as irregularidades do terreno, mas também têm que agüentar os impactos dos saltos gigantes. Da mesma forma, os adeptos do free ride necessitam de amortecedores que suportem as manobras e saltos (que também podem ser uma porradaria).

Nas categorias cross-country e trail bike existem 4 grandes grupos de amortecedores dianteiros: os de elastômero, os de mola, os de ar comprimido e os modelos de comportamento variável (que também são a ar comprimido). Os modelos traseiros possuem princípios semelhantes, mas para eles não existe a categoria dos elastômeros. Os modelos de mola dispõem de um sistema hidráulico que faz o papel de amortecedor, controlando o retorno da suspensão.

Elastômero: são modelos básicos e existem produtos feitos com materiais de diferentes densidades. São bastante confiáveis e apresentam poucos problemas, porém são pesados. O controle de comportamento - velocidade de retorno controlada por um cartucho de óleo que faz o papel de amortecedor - nem sempre é disponível, e mesmo modelos que o possuem não apresentam muita vantagem.

Mola: são os modelos intermediários e seu funcionamento é muito bom. O amortecedor permite ao usuário variar e controlar a velocidade do retorno. Muitos amortecedores traseiros também utilizam esse mecanismo. As melhores suspensões para categoria downhill e free ride utilizam o sistema mola e óleo e podem ter 250mm de curso de trabalho.

Ar comprimido: uma das vantagens do ar em relação ao elastômero ou à mola é o peso, entretanto, os benefícios para cross-country e trailbike vão muito além. Os modelos mais sofisticados chegam não apenas a oferecer controle da velocidade do retorno pelo sistema hidráulico, mas também podem ser travados para andar no plano ou na subida. Outra vantagem é que muitos modelos permitem alterar a calibragem da pressão para mudar o comportamento do equipamento. Quem experimenta um, não volta atrás.

Comportamento variável: são basicamente modelos que evoluíram a partir do princípio do ar comprimido e que ganharam mais algumas sofisticações. Há amortecedores dessa categoria que neutralizam os movimentos repetitivos e regulam a densidade e curso de acordo com a necessidade. Isso pode ser feito por meio do mecanismo inerente ao equipamento ou por controle voluntário localizado no guidão da MTB.

Uma suspensão dessa categoria neutraliza as oscilações da pedalada, porém funciona com os trancos que “vem de baixo”. Também possui mecanismo de reconhecimento imediato, isto é, se ela estiver trabalhando na posição travada e receber um impacto forte, imediatamente libera o sistema para absorver aquele choque. Logo em seguida volta para a posição travada novamente.

Algumas dessas suspensões oferecem ainda a opção de manter apenas uma pequena parte do curso da suspensão traseira (algo em torno de 20%) em funcionamento. Esse controle, localizado no guidão da bike, é uma opção para subida, pois com ele você conjuga o comportamento de uma Hard tail com a tração de uma full suspension.

Existe um tipo de quadro de MTB que é chamado de Soft tail. As bikes com esse quadro não possuem um pivô articulado no triângulo traseiro e funcionam basicamente por flexão. Para permitir a movimentação da roda, o triângulo traseiro é construído de forma que tenha uma descontinuidade na inserção abaixo do selim e, naquele ponto, é instalado um amortecedor ou uma bucha de elastômero. O curso desse tipo de amortecimento é curto, girando em torno de 1 a 2 cm, mas ele consegue ser estruturalmente leve. É relativamente comum nos quadros de titânio, mas há relatos de casos de fissuramento de quadros Soft tail por fadiga quando utilizados em condições mais exigentes. retirado de: halfdome

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